Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

No deserto árido e quente
me perdi de ti.
Em cada grão de areia
procurei teu rosto
Em cada pegada
procurei teus passos
No sol
quis ver teu olhar
quis ver tua boca
e teus lábios beijar.
Caminhei sem destino
perdida e sem caminho.
Já noite
chegou o luar
e eu já cansada
de tanto te procurar.
Larguei os sapatos
Despi-me de mim
Repousei o meu corpo
carente de ti
No deserto frio
tapei o meu rosto
Nem água tinha
para lavar o desgosto.
Maria Antonieta Oliveira
Sábado, 8 de Janeiro de 2011

O vento que passa
no tempo que repassa,
meu ser esvoaça…
Não lhe sobra tempo
falta-lhe o tempo,
levado no vento…
Despertar tristonho
dum sonho risonho
num mau acordar…
Nesse longo sonho,
agora tristonho
lágrima a deslizar…
E o vento que passa
meu ser trespassa
deixando-o frio…
Nesse tempo que passa
meu sonho esvoaça,
ficando o vazio…
Terça-feira, 14 de Dezembro de 2010

Teu casaco coçado
atirado p'la janela,
caído no chão molhado,
tristemente por ti desprezado.
Quantas vezes aqueceu teu corpo,
no desespero do frio da alma.
Coçado pelo tempo
No tempo que corre
Do tempo da vida.
Raiva sentida,
derramada nesse casaco coçado.
Triste seu fado
Triste teu estado
Na resignação da revolta,
lembrança da coça levada,
correste na ânsia
de ainda encontrares
o casaco coçado,
e nele agasalhares
teu corpo gelado,
da coça da vida!
Escrevi-te uma carta
Sem nada dizer
Página em branco
Linhas por escrever.
Soltei as letras
Deixei-as voar
Sem querer ver
Onde iam parar.
Tentei apanhar
De novo as letras
Vogais, consoantes
Brancas ou pretas.
De todas as cores
Já nada importava
Queria escrever
O quanto te amava.
E tudo ficou
Em meu pensamento
Palavras não escritas
Levadas no vento.
Tanto queria
Que fosses receptor
De tão linda carta
Com tanto amor.
Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010
Sexta-feira, 12 de Novembro de 2010
O brilho dos teus olhos
labaredas crepitam
no fogo do amor,
lareira ardente,
da lenha a dor...
Olha-me!
Com esses olhos quentes
aquece o meu coração,
gélido de calor.
Agasalha meus sonhos,
na lareira que feneceu.
Não me deixes ficar
em hipotermia permanente...
Com o brilho do teu olhar,
aquece meu ser carente.
Entrava, saia, vivia...
E tu vivias?...
Como fui fria,
Ausente, embora presente,
Não te dava o que devia,
teu ser era carente.
Meu amor, meu carinho
Encerrados no meu peito,
Não seguiam o caminho
A quem deles tinha direito.
Se for possivel, não sei...
Recebe neste momento,
Os beijos que não te dei!
Terça-feira, 24 de Agosto de 2010
Sabes amor,
hoje morri!
Morri de saudades
de te ter,
de te amar,
de te ver,
de te beijar.
Morri de presságios
de te perder,
de te olvidar,
de te não ter,
de não te amar.
Morri de sentires
de te conhecer,
de te perdoar,
de te querer,
de te abraçar.
Sabes amor,
hoje morri!
Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Ah!
A meia noite chegou!
Finalmente os ponteiros,
se uniram num abraço,
um amor profundo,
um regresso desejado,
de serem um só no mundo.
Meia noite!
Hora macabra
De lobisomens e fantasmas,
de traidores, violadores,
de ladrões e assassinos,
daqueles que já foram meninos.
Não!
Esta meia noite, não!
Quero a outra,
Dos carinhos unidos,
dos abraços sentidos,
dos ponteiros aconchegados,
num segundo, eternizados.
Ah!
A meia noite chegou!
Terça-feira, 27 de Julho de 2010

Sentido perdido,
encontrado!
Caminho esquecido,
caminhando!
Amor sentido,
vivido!
Felizes momentos,
momentos!...
Caminhando
nos momentos do amor
Feliz, num jardim em flor!